TRÓPICES

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

HERCULES C130



O Lockheed C-130 Hercules é um avião com quatro turbopropulsores cuja função principal é a de transporte aéreo em várias forças armadas em todo o mundo. Capaz de aterrar ou descolar em pistas pequenas ou improvisadas, foi concebido com o intuito de transporte de tropas e carga. Actualmente desempenha uma larga gama de papeis, incluindo transporte de pára-quedistas, reconhecimento climatérico, reabastecimento aéreo, combate aéreo a incêndios e evacuação médica. Existem mais de 40 modelos do Hercules utilizados em mais de 50 Nações. Com mais de 50 anos de serviço, a família C-130 estabeleceu um sólido recorde de confiabilidade e durabilidade, participando em missões militares, civis e de ajuda humanitária.
A família C-130 detém o recorde de mais longo ciclo de produção de aviões militares em toda a história. O primeiro protótipo, o YC-130 voou a 23 de Agosto de 1954 descolando nas instalações da Lockheed em Burbank, na Califórnia. O protótipo, número de série 53-3397, foi pilado por Stanley Beltz e Roy Wimmer. Uma vez construídos os dois protótipos, a produção foi transladada para Marietta, Geórgia, onde foram construídos mais de 2 000 C-130s.

História
Em 1951, após a primeira crise com a URSS, os Estados Unidos decidiram modernizar a frota de transporte, constituída essencialmente pelos C-47 Skytrain e C-119 Flying Boxcar que participaram na Segunda Guerra Mundial. Assim, a USAF iniciam uma demanda por aviões de assalto que pudessem descolar e aterrar em pistas rudimentares
Em 1952 a USAF aceita o projecto YC-130A da Lockheed e encomenda dois aparelhos. A 23 de Agosto de 1954 o protótipo faz o seu primeiro vôo e dois anos depois, a 9 de Dezembro o C-130A entra ao serviço da USAF.
Variações do C-130
- YF-130: Os dois protótipos, com motores T56-A-1 de 3 250 cv e radar APS-42;
- C-130A: Versão da série inicial (216 exemplares) com 4x T56A-1A ou T56-A-9 de 3 750 cv e radar APN-59;
- C-130D: Melhoramento do C-130A adaptado para efectuar ligações entre bases no Ártico, com esquis de 6,22 m (12 exemplares);
- C-130B: Segunda versão e série (230 exemplares) com 4x T56-A-7 de 4 050 cv. 470 km de alcance ou mais graças a um depósito suplementar;
- C-130E: Adaptação do C-130B com 2 reservatórios externos e reforço da fuselagem;
- C-130H: Terceira versão de série equipada com T56-A-15 de 4 910 cv;
- C-130H-30: Modelo para exportação, alongado de 4,57 m;
- C-130K ou C Mk 1: Versão destinada à Royal Navy (Marinha Britânica) (100 exemplares);
- C-130J: Versão modernizada.


Posteriormente surgiram novas versões derivadas do C-130, como o AC-130 gunship, o KC-130 (reabastecimento em vôo) e MC-130 (tropas especiais norte-americanas), WC-130 (de reconhecimento meteorológico) e muitos outros. Para missões civis, destaca-se o L-100 e a aplicação do C-130 ao combate de incêndios.

Emprego na Força Aérea Portuguesa
Esquadra 501 - "Bisontes"
Missões Primárias: Executar operações de transporte aéreo táctico.
Missões Secundárias: Executar operações de busca e salvamento;Executar operações de transporte aéreo geral.
Aeronave: Lockheed C-130H/H-30 Hercules
Motor: 4 motores Allison T-56-A-15
Foram adquiridos seis aviões que entraram ao serviço em 15 de Setembro de 1977.
O C-130H é um avião quadrimotor, turbo-hélice, de asa alta e trem retráctil. O acesso ao compartimento de carga na fuselagem é feito pela parte traseira do avião, que se abre em rampa, facilitando, desta forma, não só as operações de carga e descarga, mas também o transporte de cargas volumosas, (por exemplo viaturas pesadas), o lançamento de carga em pára-quedas ou por extracção a baixa altitude e ainda, o lançamento de pára-quedistas. Na configuração sanitária o C-130H pode transportar até 74 macas e, na versão C-130H-30, poderão ser evacuados até 97 feridos ou doentes. As suas excepcionais características operacionais (robustez, versatilidade, capacidade, raio de acção e autonomia), garantem à Força Aérea Portuguesa a capacidade para a realização de missões de transporte aéreo táctico e transporte aéreo geral, de patrulhamento marítimo e de busca e salvamento, apoio logístico às Forças Armadas Portuguesas e Forças NATO, operações de combate a incêndios florestais, etc. A FAP possui três C-130H-30, versão que resulta do alongamento do C-130H, pela introdução na fuselagem de dois anéis, que aumentam o comprimento total da aeronave em 4,572 m, o que lhe confere maior capacidade volumétrica sem lhe alterar significativamente a "perfomance" básica. O C-130H e o C-130H-30 são operados pela Esquadra 501 da Base Aérea do Montijo.
Em 1987, numa competição para tripulações deste tipo de avião, o Volante Rodeo, organizado pela USAF, uma tripulação da Esquadra 501,conquistou 7 dos 8 troféus, entre os quais a melhor equipa estrangeira, melhor aterragem de precisão e melhores lançamentos.A tripulação só não ganhou os 8 troféus devido a uma avaria de motor